PARANAPIACABA

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Vila Ferroviária de Paranapiacaba

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SISTEMA DE ENSINO FORMANDO CIDADÃOS

 

SISTEMA DE ENSINO E O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR: FORMAÇÃO DE CIDADÃOS
 

Há algo novo no universo da educação. Muito se discutiu a respeito de sistema de ensino mediante a uma questão central: como educar crianças? Queremos oferecer, trabalhar ou desenvolver com liberdade, pragmatismo ou tradicionalismo a educação?
Na verdade queremos uma educação com formação, pois educação é um processo por meio do qual os indivíduos assemelham-se e diferenciam-se. Por meio dela tornam-se iguais, próximos, mas tornam-se também diferentes uns dos outros. Nesse sentido a educação é o movimento que permite a homens e mulheres apropriarem-se da cultura, estabelecendo com ela uma identidade. Tal movimento atribui à educação uma dimensão de realização social, e outra, subjetiva, de realização individual.
Essa ação é possível. Tais valores estão expressos e podem ser encontrados, trabalhados e desenvolvidos em sala de aula quando o professor ensina, realizando mediação do seu conhecimento com os conceitos e quando o aluno aprende, realizando mediação com os conceitos envolvidos num momento de solidificação do trabalho pedagógico. Trabalho este que necessita de um processo temporal que estabeleça harmonia entre aplicação de conteúdo, avaliação e resultados a aprtir de um planejamento pedagógico eficaz sob a prática de um plano eficiente.
Momentos que originam, para o professor, oportunidades novas de estar com os alunos e de ouvir suas “vozes”, compartilhando com os pais o exercício do conhecimento. Observar seus comportamentos. Descobrir aspectos capazes de estabelecer, em outros momentos criativos de ensino, pontes e diálogos que garantam aproximações entre as expectativas do aluno, dos professores e a da escola. Condições indispensáveis para se propor a ensinar para/em uma nova era contemplando aspectos de civilidade, moral e justeza.
A formação educacional deve capacitar para a execução de tarefas práticas (técnicas específicas) e principalmente para as atividades intelectuais, pois estas sustentarão as ações das futuras profissões escolhidas.

Técnica
Ética
Estética
- Caligrafia legível nos registros: caderno, cartazes, trabalhos e provas
- Utilização de papel adequado: sulfite, almaço ou outros quando solicitado
- Uso dos recursos tecnológicos: computadores, Internet e calculadoras
- Responsabilidade
- Pontualidade
- Respeito
- Honestidade
- Correta utilização de fontes de pesquisa (não se apropriar de idéias e textos alheios)
- Padrões de comportamento disciplinar
- Cuidados com o material escolar
- Formatação e padronização dos trabalhos e pesquisa acadêmicas

                O cumprimento destas três dimensões proporciona condições para o desenvolvimento de um perfil de estudante comprometido e que corresponda às expectativas do mundo do trabalho. O processo de ensino e aprendizagem é valorizado quando é capaz de atender às necessidades técnicas, éticas e estéticas (RIOS, 2001).
            Aprender é adquirir novos valores. Valores contidos e expressos nos Sistema Integrado de Educação Formando Cidadãos

SISTEMA INTEGRADO DE EDUCAÇÃO FORMANDO CIDADÃOS

Análise pedagógica e concepções

Sistema: implica organização sob normas próprias (o que lhe confere um elevado grau de autonomia) e comuns (isto é, que obrigam a todos os seus integrantes). SAVIANI (http://www.scielo.br/pdf/es/v20n69/a06v2069.pdf).
Ora, se “sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante” (Saviani 1996, p. 80), as exigências de intencionalidade e coerência implicam que o sistema se organize e opere segundo um plano.

Integrado: atividades de verificação, monitoramento e as ações corretivas / preventivas visando a melhoria do desempenho. não significa apenas que os requisitos das normas são tratados de maneira agrupada, no mesmo documento ou que as auditorias são realizadas no mesmo momento. A integração vai além do agrupamento de requisitos – ela considera a sinergia que cada tema pode ocasionar: Afetividade / estética.

Educação: Educação formal, universal e humanística. Por meio dela tornam-se iguais, próximos, mas tornam-se também diferentes uns dos outros. Nesse sentido a educação é o movimento que permite a homens e mulheres apropriarem-se da cultura, estabelecendo com ela uma identidade. Tal movimento atribui à educação uma dimensão de realização social, e outra, subjetiva, de realização individual.
Formando: formação contínua e aprofundada revisão de valores, sentimentos e juízos (de valor e de realidade) Por uma educação nova. Paulo Freire.

Cidadão: individuo humano dotado de responsabilidade. Autonomia plena. cidadão é aquele indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este. Habitante da cidade. Indivíduo, homem, sujeito.

DIFERENCIAIS DO FORMANDO CIDADÃOS

·      Um ensino estruturado: (Passo a passo, os livros oferecem teoria, aplicação, exercícios e pesquisa – ação. Essa ajuda permite ao professor sair da decoreba, da tradição ou da monotonia oferecendo ao professor a oportunidade de concretizar o processo de ensino e aprendizagem no lócus da pesquisa – ação – pesquisa. A discussão do processo de ensino e aprendizagem deve reflexiva conceituando aprendizagem a relação do aluno com os conceitos e ensino a relação do professor com os conceitos.
·      Integração curricular entre os textos das várias disciplinas. Com abordagens trans, multi e inter disciplinar.
·      Enquadramento poli-temporal entre conteúdo propedêutico, formação humanística e avaliação formativa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO ESCOLAR E ÊNFASES AVALIATIVAS

Olá colaboradores do Blog e simpatizantes da educação,

Há dois anos escrevi um texto sobre avaliação. Agora quero retomar a discussão de um tema muito complexo e importante. Não proponho concluir ou esgotar o tema, mas ampliar a discussão e contribuir.

Boa leitura!



AVALIAÇÃO ESCOLAR E ÊNFASES AVALIATIVAS
Por Fellipe de Assis Zaremba

No espaço escolar e no universo acadêmico a literatura sobre avaliação é algo pertinente presente em muitos livros, jornais e revistas de cunho pedagógico que quase nos coloca na condição de supor em uma problemática existencialmente exaurida. Contudo, procuro aqui apresentar uma visão de conjunto que oriente a prática avaliativa em sala de aula, abordando todos os aspectos categóricos a cerca da avaliação com devido cuidado para não construir análises deturpadas ou intencionadas. 
Recordo que a maioria dos professores não tem uma preparação[i] específica para praticar a avaliação ou não possuem acesso a tal literatura por questões endógenas, constituídas historicamente e visualizadas, portanto em sua prática de ensino e exógenas agremiadas a má formação acadêmica. Ebel (1991) salienta que é necessário discutir a avaliação educacional como uma das formas de acompanhamento das atividades do aluno com o objetivo de promover a sua progressão esclarecendo quethe importance of evaluation for guidance, planning and replanning of education, emphasizing, on the other hand, the integration of assessment in education and its importance in the assessment of different learning and self development of students” (EBEL, 1991 p. 46).
Neste sentido estabeleço algumas orientações que julgo importante para a realização de uma avaliação propedêutica e distinta que prefiro enumerá-las a discutir-las de forma dissertativa, uma vez que o intuito aqui é expor ênfases de avaliação sob as seguintes categorias explicitas:

1.     A avaliação deve ser em primeiro lugar avaliação dos resultados pretendidos, distinguindo obrigatoriamente objetivos didáticos de conteúdos. Nesse sentido conteúdo é a matéria, o que estudamos e aprendemos quantitativamente. Por outro lado, o objetivo expressa como oferecer este conteúdo.
2.     A avaliação deve ser formativa na medida em que sua ação ofereça subsídios para informar erros e correções a tempo sob a ótica do processo de ensino e aprendizagem com vistas a questões ontológicas[ii], captando a especificidade da educação no interior do metabolismo sócio-histórico e em relação mediata com a produção material.
3.     A cerca do método de avaliação, do como avaliar, condiciona o aluno a como estudar e neste sentido as avaliações do tipo teste ou exames devem ser condicionantes a questões de qualidade e satisfação para alunos e professores. Necessários mecanismos para esta aferição são encontrados em diversos textos de diversos autores tais como
4.     O processo de avaliação não deve terminar em classificações extensas e relatórios classificatórios sem destino algum. Os resultados devem contribuir qualitativamente o processo de ensino e aprendizagem, revelando de forma significativa a relação do aluno com os conceitos e do professor com os conceitos abordados no espaço pedagógico.
5.     A prática[iii] do professor, sua postura e percepção podem contribuir para o fracasso ou sucesso do processo de avaliação. Processo este que deve estar associada às vantagens ou limitações de alunos. Além disso, a avaliação é um resultado de duas práticas: aluno aprendiz e professor orientador. Não se trata de afirmar que os professores agem de forma consciente diante da avaliação e rejeitam seus postulados, mas sim, que há elementos em sua prática cotidiana que os levam a  agir de uma forma que dificulta ou favorece a avaliação. Ou seja, suas práticas estão arraigadas em uma forma de se pensar a educação que não se altera de forma imediata. Pensar a avaliação para muitos professores implica na assimilação pelo aluno de conhecimentos que são organizados na forma de conteúdos. Conhecimentos esses que devem ser avaliados periodicamente. Modificar essa “forma” como a escola pensa a avaliação não é tarefa fácil.
6.     Tudo que é avaliável não é qualificável (MORALES, 2003.) e se faz necessário destacar a dicotomia entre produtor e reprodutor de conhecimento, prestando atenção efetivamente no que não é uma avaliação de conhecimento, tratando como objetivos didáticos o start[iv] da avaliação.

A escola é o lócus da avaliação, é o espaço de expressão dos anseios e necessidades dos educadores, alunos e da sociedade, pois é uma instituição estabelecida para fins de socialização e transmissão da cultura. Mas ela é também espaço de disputa e de poder. Ameaças a essa situação desencadeiam reações as mais diferentes. A primeira delas diz respeito aos professores, sua formação e suas práticas estabelecidas historicamente, pois para o professor, por exemplo, a mudança proposta pela reforma no que tange a avaliação pode adquirir o sentido de uma ameaça à sua identidade profissional, ao seu posto de trabalho, sua concepção pedagógica ou, ao contrário, uma possibilidade de desenvolvimento profissional e intelectual favorecendo o trabalho coletivo e cooperativo, a autonomia, a democratização das relações no interior da escola e de suas relações com a comunidade.
Neste sentido a avaliação não deve ser entendida como ponto final do processo de ensino e aprendizagem, mas como uma parte do processo que denota a relação do professor e do aluno com os objetivos didáticos coerentes com seu próprio contexto.
A avaliação pode ou não oferecer como efeito ou função:

·         A mensuração qualitativa e quantitativa do que conseguimos de fato com os objetivos didáticos, tanto os atingidos como os não atingidos;
·         Oferecer notas ou menções;
·         Condicionar o quê e como estuda o aluno (questão de formação do aluno) A maneira mais rápida de mudar o estilo de estudo dos alunos é mudar o sistema de avaliação. Pense nisso!
·         Consolidar o que foi aprendido;
·         Orientar, motivar ou desmotivar;
·         Informar sobre os erros (desde que não seja tarde demais)

Por fim, faz-se necessário destacar a diferença entre avaliação formativa e somática ou somativa que quando mal interpretadas podem perder suas propriedades qualitativas:

1.      Avaliação somática ou somativa: constituída pelos exames finais que aplicamos aos alunos para verificar a situação de aprendizagem. É uma nota final dada a cada aluno a partir do seu merecimento.
2.      A avaliação formativa tem como finalidade fundamental informar as duas personagens do processo de ensino e aprendizagem, professor e aluno respectivamente, no meio do caminho a partir de um reexame suas aferições pedagógicas.

Nessa ótica a avaliação deve incluir variáveis não estritamente cognitivas a fim de oferecer instrumentos que ensine o aluno a pensar. Por outro lado, poderá ajudar o professor a mediar os objetivos didáticos convidando os alunos a refletirem seus próprios valores com responsabilidade. Cabe neste trabalho somar a importância da família. Mas ai é uma discussão para outro texto ou então cabe a participação dos leitores deste blog.

Referências

EBEL, Robert L., FRISBIE, David A, Essentials of  education Meassurement, 5 ed. Englewood Cliffs: Pretice Hall, 1991
SUND, Robert B., PICARD, Antony J. (1976) Objetivos conductuales y medidas de evaluacion, ciências y matemáticas, México, Trillas.
LESSA, Sérgio. A ontologia de Lukács. Maceió: EDUFAL, 1996.
ZAREMBA, Fellipe de Assis Zaremba. O modelo de competências, Mundo do Trabalho e Educação: implicações para o currículo (Provisório), Ano de Obtenção: 2009.

[i] SUND, Robert B., PICARD, Antony J. (1976) Objetivos conductuales y medidas de evaluacion, ciências y matemáticas, México, Trillas.
[ii] LESSA, Sérgio. A ontologia de Lukács. Maceió: EDUFAL, 1996.
[iii] ZAREMBA, Fellipe de Assis. Reforma da Educação Profissional:
[iv] EBEL, Robert L., FRISBIE, David A, Essentials of  education Meassurement, 5 ed. Englewood Cliffs: Pretice Hall, 1991.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Formando cidadãos: vamos fazer juntos?

Técnica
Ética
Estética
- Caligrafia legível nos registros: caderno, cartazes, trabalhos e provas
- Utilização de papel adequado: sulfite, almaço ou outros quando solicitado
- Uso dos recursos tecnológicos: computadores, Internet e calculadoras
- Responsabilidade
- Pontualidade
- Respeito
- Honestidade
- Correta utilização de fontes de pesquisa (não se apropriar de idéias e textos alheios)
- Padrões de comportamento disciplinar
- Cuidados com o material escolar
- Formatação e padronização dos trabalhos e pesquisa acadêmicas


Vamos fazer juntos?
Utilize o Sistema de Ensino Formando Cidadãos.

Concepção:


Aspectos


v Aspecto biológico
- Prontidão para a aprendizagem (lateralidade, coordenação motora, cognição e órgãos do sentido).
vAspecto psicológico
- Higiene mental, interesse, motivação e conhecer o contexto do aluno, ambiente familiar: relações com a aprendizagem.
vAspecto social
- comunicação, vinculo com aluno, trabalhar as relações família, escola e sociedade. Conhecer o próximo e a si mesmo (do professor para o aluno).

Sociologia Aplicada à Administração - Capítulo 2 Cultura das Organizações

         Cápítulo 2 - Cultura das Organizações. 

              Os comportamentos do Homem em sociedade tendem a tornar-se uniformizados por fatores que, em seu conjunto, foram denominados “cultura”. O mesmo fenômeno ocorre nas empresas, repartições públicas, escolas etc., de sorte que o administrador, conhecendo as causas que modelam a cultura, fica capacitado a melhorar administrar os compromissos coletivos. Para se aplicar mais facilmente o conceito de cultura, convém dividir-la em seus componentes tecnologia, preceitos e expressão de sentimentos. São três variáveis e constituem o 2º pilar da ponte que interliga a Sociologia à Administração, esta na forma de um quadro de referência que será utilizado nos capítulos subseqüentes para integrar os conhecimentos da Sociologia Aplicada à Administração.


Sociologia Aplicada à Administração - Capítulo 1

Alunos,

Este texto é de apresentação / resumo de seminário da aluna Vanessa Queiroz Benni - 2008.

Agora está postado na condição de mémoria de aula.

UMA PONTE ENTRE A SOCIOLOGIA E A ADMINISTRAÇÃO

CASO: VAQUEIROS OPERÁRIOS

Nas margens do rio São Francisco, em pleno agreste, geólogos de uma fábrica de refratários situada no Sul do país descobriram uma importante jazida de magnesita. Inicialmente, foram construídas próximo a um vilarejo instalações industriais simples com o fim de extrair e dar uma primeira queima no minério antes de embarcá-lo. Com isso, surgiram oportunidades de trabalho, que passaram a ser uma verdadeira salvação para aqueles sertanejos sujeitos a uma vida de subemprego crônico na atividade pecuária extensiva ou na agricultura marginal.
Para as minas foi enviado um gerente sulista com sua capacidade de direção e organização já demonstrada, mas sua administração foi tão falha que nem ele sabia qual a razão de tantos erros. Seu substituto foi ainda mais bem selecionado, mas teve a mesma sorte do antecessor. Foram então mandados dois gerentes, um administrativo e outro técnico, porém o pouco que conseguiram produzir era irregular e de baixa qualidade. Um geólogo, contratado para estudar o problema da qualidade do minério, ao chegar, encontrou ambos bêbados e completamente entregues ao desânimo por não terem conseguido fazer pessoas ávidas por emprego a ser produtivas.
Aconteceu que, sendo natural do sertão de um Estado do Nordeste, o geólogo percebeu que o não-entendimento dos valores e os costumes dos habitantes da região impediam o relacionamento satisfatório administração-empregados, não obstante os trabalhadores estarem interessados no serviço. Assim, as coisas simples como o apito para iniciar e terminar a jornada diária não tinha o menor significado para aqueles sertanejos que nunca tiveram hora para o trabalho. Por outro lado, esperavam que o gerente, tal qual faziam os donos de fazendas, os atendesse em seus problemas financeiros, de saúde e até familiares.
Depois que os gerentes compreenderam tais aspectos peculiares e sem alterar a estrutura organizacional, foram feitas adaptações nas práticas administrativas, por exemplo, o número de horas de trabalho por dia deixou de ser fixo, pois o apito somente soava no caso de tudo estar efetivamente em condições para o início da jornada ou no fim do turno, se a descarga do forno tivesse sido completada. Com essa e outras medidas, as minas tornaram-se produtivas.


CASO: Vaqueiros Operários

COSTUMES- DEFINIÇÃO

Normas que especificam comportamentos de importância considerada vital para a sociedade e que englobam seus valores morais básicos, cuja transgressão é sujeita a sanções severas.
Ex.: Costume da Sociedade Ocidental – obrigação dos pais sustentarem os filhos

Caso: Vaqueiros Operários

Diversidade nos Costumes de duas Regiões

CONCLUSÃO:
Não basta o administrador conhecer técnicas de planejamento, de estruturação e outros assuntos relativos á organização do trabalho, é preciso entender as pessoas, a principal matéria-prima com que lida diariamente, não só, como indivíduos que são, mas principalmente como grupo, já que os serviços são levados a efeito coletivamente.

SOCIOLOGIA GERAL

O homem sempre viveu em coletividades/ associações de pessoas
Psicologia => Enfoca os comportamentos individuais
Sociologia => aborda os comportamentos coletivos
As pessoas agem diferentemente quando associadas, porque os comportamentos de uma pessoa são influenciados pelos das demais.
Ciência voltada para a explicação dos fenômenos sociais – conhecimento do homem e de suas atitudes quando inserido na coletividade.

SOCIOLOGIA É A CIÊNCIA QUE ESTUDA A VIDA SOCIAL HUMANA (Horton & Hunt)

Exs.: 1- CULTURA DAS SOCIEDADES – o que diferencia a nordestina sertaneja dos vaqueiros da sulista urbana dos gerentes.
              2- DIVISÃO EM CLASSES SOCIAIS – que diferencia o operariado da elite detentora do poder econômico e político

Além de fornecer explicações sobre fenômenos sociais, a SOCIOLOGIA também sugere medidas para intervir na sociedade, seja para fazer ajustamentos, seja para provocar mudanças. (Fernandes, 1960)

CONCEITO DE ORGANIZAÇÕES

1- Associações produtoras de bens e prestadoras de serviços.
Exs.: Hospitais, escolas, fábricas, escritórios, lojas, supermercados, clubes, igrejas, teatros, cemitério

OBJETIVOS DA SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

1-Realizar pesquisas/ estudos para o melhor conhecimento dos fenômenos que ocorrem nas associações de pessoas.

2-Estudar as diferenças nos comportamentos dos indivíduos quando estão sozinhos dos manifestados quando em grupos.

3-Fornecer explanações para entender os comportamentos dos grupos sociais que formam organizações sugerindo medidas para administrá-los com sucesso.

4-Aprender a coordenar (COMPREENDER e PREPARAR-SE) o trabalho de pessoas reunidas em grupos, equipes, comissões e unidades administrativas de empresas.

5-Obtenção de orientações práticas para o gerenciamento de pessoas no trabalho. Caso: zeladora X gerente – valores e costumes.

6-Permitir que todos os participantes alcancem suas METAS dentro do ambiente de trabalho: empregados e ou proprietários – resultados que satisfaçam às necessidades de CLIENTES.

7-Estudo do poder, liderança, resistências às mudanças, conformidade às normas, surgimento de grupos informais, aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.

A SOCIOLOGIA E O ADMINISTRADOR

- O Administrador tem a função de influenciar e coordenar pessoas pertencentes a grupos formais e informais e, para ser eficiente, precisa conhecer os processos que direcionam os comportamentos.

- Pesquisadores sociais e administradores podem construir uma ponte interligando os conhecimentos de ambos.

- Os comportamentos das pessoas em grupos são os individuais tornados coletivos, isto é, tendendo para conseguir objetivos semelhantes.


AS ORGANIZAÇÕES E AS EMPRESAS

O Homem – obtenção de comida para sobreviver
Divisão de trabalho/ Coordenação – caça
Especialização do Trabalho
Organizações: quem caçava, plantava, quem contatava com os Deuses, dirigentes => Organização militar, religiosa, política…

DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO:

“Unidade social artificialmente criada e estruturada, continuamente alterada para se manter no tempo, e com função de atingir RESULTADOS específicos que satisfaçam às NECESSIDADES DE CLIENTES existentes na sociedade e, também, às de seus PARTICIPANTES.” (Parson)

- ORGANIZAÇÃO – precisa ser particularizada em tipos de acordo com: necessidades, clientes, participantes.

- A Organização é um ente abstrato que só existe enquanto seus participantes estiverem emocional ou fisicamente presente – Término do expediente e Falência das Organizações.

-“Empresa é um tipo de organização cujos clientes trocam seu dinheiro pelos bens ou serviços que ela produz.”

ADMINISTRADORES NAS EMPRESAS

“ADMINISTRADORES são especialistas em organização, cujo sucesso depende de conhecimentos específicos dos processos físicos que ocorrem nas empresas e, principalmente, das habilidades e experiências em gerenciar pessoas.

“Os conhecimentos podem ser obtidos em cursos formais, porém as habilidades e experiências somente são conseguidas pelas vivências da prática de lidar com pessoas e grupos de indivíduos.”

Necessidade de qualificação do administrador => economia globalizada => complexidade dos negócios => formação acadêmica do administrador

A elevação do atual nível social somente será conseguida pela demonstração clara da proficiência do administrador em sua função de gerenciar organizações para que alcancem sucesso em seus negócios.

“ADMINISTRAÇÃO é a aplicação de técnicas com o fim de estabelecer metas e operacionalizar seu atingimento pelos participantes das organizações a fim de que obtenham resultados que satisfaçam a suas próprias necessidades e às de seus clientes”

1-Necessidades de Clientes satisfeitos
2- Os participantes precisam ser orientados no que deles se espera e coordenados em seus esforços coletivos
3- Aplicação de Técnicas
4- A Administração não é uma ciência, não busca explicação de fenômenos, mas tão somente obter resultados concretos que satisfaçam clientes.
5- Na Administração suas técnicas mudam conforme a cultura da sociedade se altera – crenças, normas, valores dos indivíduos são outros

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

HISTÓRIA: SUCESSO DO MOVIMENTO ANTI-RAKEANO, MARXISMO VULGAR E MARX

Ensaio sobre os capítulos 10 e 11 do livro "Sobre História" de Eric Hobsbawm

Amigos, este livro é muito bom! Para historiadores ele é um "prato cheio". É incrivel como Hobsbawn apresenta diversos ensaios com conteúdos pertinentes para o Historiador.

O problema da história não e Marx. É o marxista. Acorda menino!

Boa leitura!

HISTÓRIA: O SUCESSO DO MOVIMENTO ANTI-RANKEANO, MARXISMO VULGAR E MARX

Por Fellipe de Assis Zaremba

O século XIX pode ser caracterizado num tripé: superioridade do pensamento burguês; ao mesmo tempo sua consolidação como classe dominante, realizações intelectuais qualitativas a partir do desenvolvimento das ciências e a ampliação dos aspetos tecnológicos proporcionada pela chamada Segunda Revolução Industrial que possibilitou o desenvolvimento do capitalismo financeiro monopolista ou aquilo que Lênin preferiu definir como fase superior do capitalismo.
A partir de 1840 via-se a expansão de diversas realizações intelectuais notadamente chamadas de ciência, mas a disciplina acadêmica história que alcançou status e técnicas de pesquisa, não é uma delas.
A história acadêmica neste período segue aspectos cognitivos categorizados por Leopold Von Ranke no The Theory and Practice of History, que apresentavam corretamente, de um lado argumentos contrários à generalização positivista baseada segundo Hobsbawm (1997: p.155) em fatos insuficientes ou respaldados por fatos não confiáveis. Por outro lado, Hobsbawm argumenta que a história concentrava todos os seus esforços na tarefa de estabelecer os fatos, sua existência e a partir daí media-los com a própria história, exceto por um conjunto de critérios empíricos para avaliar certos dados quantitativos e qualitativos de evidência documental.
Nesse sentido o engajamento científico com engenhosidade intelectual era negligente e incerto (HOBSBAWM, 1997). Essa visão possibilita a nós leitores afirmarmos que esta disciplina era retrógrada por não oferecer de um lado, um entendimento socioeconômico em termo de forças sociais e de outro, a realização de más interpretações documentais promovidas por um pensamento pouco especulativo o que de certa forma possibilitou um levante intelectual contrário ao postulado de Ranke conhecido no universo acadêmico ou na própria historiografia como movimento anti hakeneano.
O movimento anti hankeneano obtém sucesso após a segunda guerra mundial e nas palavras de Arnaldo Monigliano possibilitou a incorporação de seleções das concepções de Marx sobre a história. Porém o grande impacto desta seleção não arbitrária representava um esforço de assimilação dos leitores marxista. No entanto, para o impacto inicial do marxismo, as escolhas efetivas de elementos e categorias de análise de marxistas não tinham nenhuma ligação com o pensamento moderno de Marx.
Hobsbawm observa esta influência que grosso modo, se limitava a um levantamento sumário de elementos que não representavam o pensamento de Marx, mas o resultado de uma aproximação necessariamente representativa que contribuiu significativamente para o processo de modernização da historiografia, em tempo nomeia esta influência de marxismo vulgar:

Marxismo vulgar como aproximação ou tentativas de interpretação da produção marxiana sob a luz da incapacidade intelectual para o discernimento interpretativo e produção acerca de Marx, que e provoca deformações nas propostas teóricas marxianas, que ainda, interpreta intencionalmente o materialismo histórico com a propositura de confundir ainda mais a representação da economia política; e também, toda e qualquer leitura redutora da produção marxiana. (HOBSBAWM, 1997).

A redução do processo histórico às causas econômicas é tida em geral como uma doutrina do marxismo vulgar em contraste com o marxismo autêntico ou moderno, supostamente muito mais diferenciado e sutil. Segundo Hobsbawm uma das alegações que sustentam essa certeza é que "o próprio Marx" reconheceu a existência de outras forças históricas revelantes, afirmando que as causas econômicas só predominam "em última instância".
Nesse sentido a utilização de concepções aproximadas oferecidas no espaço do marxismo vulgar resulta de um lado, a seleção de concepções de Marx e de outro a possibilidade de assimilação das mesmas a concepções não marxistas a exemplo do evolucionismo, do positivismo e até mesmo do funcionalismo.
Quando observamos a utilização de concepções notadamente densas e pertinentes do pensamento moderno de Marx percebemos que a grande contribuição está no valor que as idéias específicas desenvolvidas pelo próprio Marx produziram na história e nas ciências sociais valendo-se da teoria da base da superestrutura, ou seja, de uma sociedade composta de diferentes níveis em processo constante de interação. Contudo, não podemos de excluir o fato de que a inclusão do papel dos conflitos de classe e a sucessão de formações socioeconômicas e o mecanismo de transição de uma para outra, transformando, mesmo que tendenciosamente, a história em ciências sociais.

Referência
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reforma da Educação e politicas educacionais 1: Ensino médio

           Olá,

Mais um texto de políticas educacionais. Este é sobre o Ensino Médio

1. Introdução

          Seguindo esta tendência, a política educacional brasileira tem se subordinado aos interesses dos organismos internacionais, operando mudanças que apontaram para o atendimento às recomendações externas, que preconizam a adequação da educação à nova organização do trabalho e à nova ordem globalizada.
            O sistema educacional articula-se com demais sistemas sociais por meio de uma relação dialética, sendo determinante e determinado pelo contexto no qual está inserido.
Dessa forma, a democratização da educação pública brasileira implica na democratização da sociedade como um todo, em especial, na melhor distribuição das riquezas do país e no enfrentamento das desigualdades sociais.
            No Brasil, nas últimas décadas, foram realizadas algumas reformas na educação em virtude das influências da globalização e da política neoliberal no setor educacional, sobretudo a partir da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 93.94 / 96.
            Tal processo vem se dando na esteira de reestruturações dos sistemas de ensino que estão sendo propostas em diversos países, em particular no Brasil, sob a orientação de organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

2.      O aspecto político e ideológico da reforma.

A necessidade de mudanças no cenário educacional tem sido justificada sob o argumento da adequação dos sistemas educacionais às transformações de ordem econômica, política, social e cultural que afetam a sociedade contemporânea e que se expressam, particularmente, nos processos de reestruturação do sistema produtivo e de internacionalização da economia.
Este processo de transformação está inserido num contexto marcado pela consolidação do neoliberalismo, enquanto nova forma de recomposição da hegemonia capitalista, cujos pilares se assentam na defesa do mercado como regulador da vida social e na iniciativa privada e no questionamento da ação estatal, na desregulamentação das atividades econômicas e na diminuição do papel do Estado.
As raízes das iniciativas oficiais podem ser (e já foram) rastreadas em documentos de entidades tais como os do Banco Mundial (World Bank, 1989) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL (1992).
Desde meados da década de 1990, pode-se verificar a adoção de medidas governamentais visando à adequação do sistema educacional brasileiro ao processo econômico de reestruturação produtiva e de globalização dos mercados. É a partir da segunda metade da década de 1990, porém, que se intensificam as ações no sentido de ajustar as políticas educacionais ao processo de reforma do Estado brasileiro, em face das exigências colocadas pela reestruturação global da economia.
As reformas educacionais devem ser compreendidas como aspectos das políticas sociais que são resultantes e produtoras de ações político-sociais realizadas, separada ou articuladamente, pelo Estado e pela sociedade civil devidamente organizada, mas estruturadas e implementadas pelo primeiro. Segundo Ferretti, parte – se do suposto de que ambas as instâncias se articulam ou digladiam em torno de interesses de grupos sociais que se fazem presentes em uma ou outra.
Na atualidade, as sociedades e os Estados Nacionais defrontam – se com desafios que decorrem de processos históricos pelos quais têm passado especialmente nos últimos trinta anos, sendo assim, trais sucessões de estados ou de mudanças incluem transformações profundas nos planos políticos, econômicos e sociais que oferecem desdobram questionamentos em diferentes setores, inclusive a educação.
No caso brasileiro, esse questionamento se dá predominantemente em relação à educação pública, pois ainda de acordo com Ferretti, a educação pública, vista assim, como ação do Estado opõem- se a atuação da iniciativa privada, generalizada e erroneamente considerada de melhor qualidade, e por isso, mais eficiente.

“Diante desse quadro, assistiu-se, no país, especialmente a partir da década de 90 do século passado, não só a uma radicalização desse questionamento, feito inclusive pelo próprio Estado que dele anteriormente se defendia, mas a adoção de medidas que, segundo o decurso corrente, oficial ou não, tinha por objetivo superar as deficiências historicamente constatadas, mas só recentemente admitidas e assumida, e ao mesmo tempo elevar o nível de qualidade da educação pública de modo que esta cumprisse o papel que lhe caberia, segundo tais discursos, na promoção do desenvolvimento nacional” (FERRETTI, 2006.)

Nesse contexto da educação, o Estado passou a ser considerado o elaborador de políticas, indutor de sua implementação e fiscalizador dos resultados, numa tentativa de estender para o sistema escolar o que se convencionou chamar “nova gestão pública” (Varone, 1998), largamente inspirada na racionalidade econômica do mercado e nos princípios e técnicas que embasam a administração de empresas privadas.
Sendo assim, para sustentar a reforma do Ensino Médio, o Estado brasileiro contou com um amplo e forte apoio dos mais distintos segmentos da sociedade, pois além de representar, de um lado, os interesses do empresariado, entendido como dominante e de outro, ainda que de forma indireta, os interesses de numerosos setores populacionais, cuja reivindicação pleiteava uma educação de qualidade que oferecesse desenvolvimento educacional[1].
O Ministério da Educação e do Desporto para sensibilizar e mobilizar a opinião pública para elevar a prioridade política das transformações educativas, segundo Aparecida de Fátima Tiradentes dos Santos, produz um conjunto extenso de textos sobre a reforma, que podem ser classificados em dois grupos.
O primeiro grupo apresenta textos institucionais com objetivo de oferecer um consenso estratégico na implementação das reformas educacionais. Tais textos documentais encontraram campo entre os setores dominantes a quem tais preposições interessavam, articulando “lobbies” para fazer aprovar posteriormente a legislação. A estratégia publicitária foi intensamente utilizada, antes mesmo do lançamento dos textos legais, e se expressou por campanhas vinculadas por rádio e televisão, além de uma série de teleconferências organizadas pelo MEC.
O segundo grupo é formado pelos textos legais da reforma a partir da LDB 9394/96: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) e respectivos Parâmetros Curriculares.
Nos dispositivos de regulamentação no que se refere à educação profissional, temos como orientação o decreto nº 2.208/97, e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Técnico de Nível Médio (DCNETNM), consubstanciadas no Parecer CNE/CEB nº 16/99, na Resolução CNE/CEB n٥ 04/99 e nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Profissional.
A reforma educacional implementada no Brasil assume como concepção orientadora o modelo das competências. 

4. Consideração (e a de vocês?)
        
A escola nunca esteve alijada das demandas sociais, nem tampouco das relações de poder estabelecidas dentro da sociedade. Ao contrário, a escola tende a reproduzir e justificar a ideologia dominante se ajustando ao desenvolvimento da sociedade capitalista.
A educação não está desvinculada da reprodução, haja vista que as classes dominantes têm o interesse de reproduzir as relações de produção próprias do capitalismo, e com esse objetivo, a educação apresenta-se como uma das possibilidades de reprodução na medida em que procura “formar homens dóceis à exploração do capital” (Graschi).
Políticas curriculares, portanto, não são produções apenas dos governos (Federal Estadual ou Municipal). Nem tampouco são determinações ou propostas exclusivamente externas às escolas. As práticas e propostas desenvolvidas nas escolas também são produtoras de sentidos para as políticas curriculares.

5. Referências

SANFELICE, José Luiz. Sala de aula: Intervenção no Real. In: MORAIS, Regis de (Org.) Sala de Aula: Que Espaço É Esse? 18ª edição. Campinas: Papirus, 2003.
SILVA Jr., João dos Reis e FERRETTI, Celso João. O Institucional, a organização e a cultura da escola. São Paulo: Xamã, 2004.
LOPES, A.C. Competências na organização curricular da reforma do ensino médio. Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 27, n. 3, p. 1-20, 2001. 
LOPES, A.C. Parâmetros curriculares para o ensino médio: quando a integração perde seu potencial crítico. In: LOPES, A.C.; MACEDO, E.F. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002b. 




[1] Teoria do Capital Humano.